O maior produtor de café do mundo, o Estado de Minas Gerais, que também possui a maior área plantada com árvores de café, está iniciando projeto para o lançamento da marca-conceito Café Carbono Neutro, provando, com estudos científicos e medições de alta precisão, que as florestas de pés de café sequestram bem mais CO2 do que emitem para produzir os preciosos grãos de café.
Com esta
certificação, produtores e instituições estudam iniciar concomitantemente o
mercado de créditos de carbono para a cafeicultura, nos moldes da certificada
pela ONU, mas esta certificada por instituição independente e negociada entre
os portadores primários da moeda-café, os cafeicultores, e empresas,
instituições e cooperativas envolvidas no negócio do café.
O
cafeicultor Eustáquio Augusto dos Santos, de Três Corações, no sul de Minas,
tem debatido o assunto com entidades e o poder político e todos se mostram
interessados na questão, especialmente porque, pela primeira vez, um estudo
acadêmico, uma tese de doutorado de pesquisadora da Unicamp, determinou que um
hectare de cafezal com cerca de 4.000 plantas sequestra e estoca 10,38
toneladas de carbono da atmosfera.
Outros
estudos mostram que a relação entre crédito de carbono que a propriedade
sequestra da atmosfera, e o débito, que ela emite com eletricidade e
combustíveis fósseis para manter o cafezal produzindo chega a ser 10 para 1.
A marca Café
carbono Neutro vai mostrar aos mineiros, aos brasileiros e ao mundo que o nosso
café é também um produto limpo, perfeitamente sustentável, que sequestra CO2, o
dióxido de oxigênio, e ainda leva às nossas mesas a bebida mais consumida no
mundo.
Este projeto
se encaixa perfeitamente com os esforços de mitigação dos Gases de Efeito
Estufa (GEE), uma vez que a agricultura com plantas perenes, como é o caso do
café, são “sumidouros de carbono”, como definido pelo Protocolo de Kyoto.
O café com a
certificação carbono neutro será de melhor qualidade, portanto mais valorizado
no mercado, e ainda vai introduzir no mercado uma nova “bolsa de papéis verdes”,
com os produtores emitindo seus créditos e os empresários incentivados
negociando esses papéis. Poderá ser criada no mercado uma nova moeda verde, a BitCafé.
Minas na vanguarda da inovação.Sempre foi assim. Muito boa iniciativa . parabens!
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