Por quê aqui
se fala em comer café? Nosso projeto tem o objetivo de produzir farinha
nutritiva utilizando o excedente da fruta madura de café, polpa e casca, descartados
nas fazendas, no processo de produção dos cafés especiais CD, ou Cereja
Descascado.
Quando
falamos em comer café nos referimos a comer pães deliciosos, bolos de dar água
na boca, doces dos sonhos, massas para macarrão, pizzas e o que mais a
imaginação culinária do mundo puder imaginar para fazer com esta farinha
vitaminada naturalmente, da planta para sua mesa.
O que
estamos chamando de NOVO CAFÉ, ou Farinha da Fruta de Café Cereja PC (polpa e
casca) não é um composto vitamínico, não é uma farinha pobre na qual se
adiciona nutrientes para torná-la saudável na alimentação escolar.
A nova farinha é naturalmente nutritiva, não sofre adição de vitaminas ou nutrientes, minerais ou proteínas. Ela tem tudo isso naturalmente, vindo da terra através dos fertilizantes caríssimos, geralmente importados em dólares, e generosamente adicionados pelos cafeicultores à terra brasileira para a produção dos melhores cafés do mundo.
Aqui se fala
de uma farinha produzida a partir da fruta madura do café, que é composta,
simplificadamente, em grãos, polpa e casca. Os grãos, as sementes, viram a
bebida de café que conhecemos e tanto amamos, e o outro café, polpa e casca,
que continuam sendo café, se transformam nesta farinha que só existe nos
Estados Unidos.
E está no
mercado norte-americano desde 2014 devido à genialidade de um empresário, Dan
Belliveau, que abandonou a Starbucks, a maior franquia de cafeterias do mundo,
para se dedicar a esta ideia da farinha naturalmente nutritiva.
Para
desenvolver sua ideia, ele procurou um padeiro, mas não um padeiro qualquer,
ali da padaria da esquina. Um padeiro com Ph.D. em física, dono da maior
empresa de invenções do planeta, a Intellectual Ventures, dedicada a criar
soluções nas áreas da física nuclear, ótica e ciência da alimentação.
Nathan
Myrvold foi diretor de pesquisas da Microsoft, escreveu oito livros sobre
culinária, inclusive um dedicado exclusivamente aos pães, uma coleção premiada
nos Estados Unidos, e vendida em caixas espetaculares, em inglês, por R$4.500,00
na amazon.com.br. O terceiro envolvido é o bilionário Bill Gates, dono da Microsoft, inventor do windows, que financiou o projeto.
No Brasil,
esta informação foi colhida pelo jornalista e cafeicultor Eustaquio Augusto dos
Santos, editor deste Blog e autor do livro “COMER CAFÉ”, à venda na loja Kindle
da amazon.com.br e em mais 16 países.
Por
provocação deste autor, uma equipe de pesquisadores da Embrapa Café, Epamig e
Universidade Federal de Viçosa desenvolveu um processo único e inédito que
também chega à farinha naturalmente nutritiva.
Tanto a
farinha americana, quanto mineira, são produzidos com o excedente de um
processo criado há cerca de 30 anos para se produzir cafés especiais e que
consiste no despolpamento/descascamento da fruta madura do café cereja.
Os chamados
cafés CD (Cereja Descascado) são especiais, mais caros e cotados nas bolsas de
mercadorias do mundo.
Cerca de 15
por cento da produção brasileira de café, se destina aos cerejas descascados.