O negócio do
café no Brasil é muito importante para desconsiderar o desenvolvimento do
processo industrial criado por pesquisadores mineiros no aproveitamento do
excedente de polpa e casca de café nas fazendas brasileiras.
Este
excedente é proveniente de um método inovador que surgiu nos anos 1980, quando
se começou a falar nos chamados cafés especiais, com 80 pontos ou mais na
classificação da SCAA – Specialty Coffee Association of America.
Esse processo
consiste em produzir o café cereja descascado, o CD, já cotado nas bolsas de
mercadorias e cooperativas cafeeiras, mais valorizado, mais caro e mais
interessante para cafeicultores e consumidores, que passam a beber um café de “bebida
mole”, mais doce e notas marcantes.
O método,
porém, provoca um excedente de polpa e casca da fruta de café madura, quando da
extração dos grãos antes do método natural de secagem do fruto.
São 10
milhões de toneladas por colheita despejadas nas fazendas brasileiras,
simplesmente jogadas fora ou subutilizadas para reforçar a adubação dos
cafezais.
E são
montanhas de matéria orgânica fermentando ao sol, provocando chorume, poluindo
o solo, águas e o ar com a emissão de gás metano.
Pelo
processo de transformação desta rica matéria orgânica em farinha para consumo
humano desenvolvido por pesquisadores da Embrapa Café, Epamig e Universidade
Federal e Viçosa, para cada saca de 60 kg de café CD produzido, pode-se
conseguir 35 kg de farinha e 60 litros de um poderoso extrato, uma calda, que
pode ser utilizado pelas indústrias de bebidas, cosméticos e farmacêutica.
Simplesmente
utilizando-se de um excedente hoje descartado pelas fazendas brasileiras e
mundiais.
Esta farinha
foi inventada há seis anos nos Estados Unidos e custa, a preços de hoje para o
consumidor final norte-americano, US$20 o kg, ou R$112,00 com o dólar a R$5,60.
Em simples exercício aritmético, o produtor brasileiro que já utiliza o processo do café CD, poderia ter um acréscimo de R$95,00 por cada saca se vendesse sua farinha e extrato a R$1,00 o quilo e o litro, respectivamente.
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A Amazônia é a maior floresta tropical do Planeta e vamos protegê-la do desmatamento também com o mercado alternativo de Créditos de Carbono para a maior área florestada de cafezais do mundo. São bilhões de pés de café sequestrando milhões de toneladas de CO2. Café Compensa Carbono. Café é energia limpa.