Minas inova e lança
produtos inéditos no Brasil: pão de queijo
com farinha de casca de
café e a bebida probiótica
KombuCafé, a kombucha fermentada
com casca de café cereja
Pesquisadores
especialistas em café da EPAMIG/EMBRAPA e Universidade Federal de Viçosa – UFV
– desenvolveram dois produtos alimentícios únicos, que não existem no Brasil,
destinados à alimentação humana, que são a farinha de casca de café cereja e a
KombuCafé, uma bebida probiótica como a kombucha, só que utilizando a casca de
café cereja ao invés do chá.
Os produtos
foram desenvolvidos por solicitação dos cafeicultores de Três Corações, MG,
Elisabeth Andrade Figueiredo Santos e Eustáquio Augusto dos Santos e serão
lançados no dia 22 de junho de 2022, em solenidade a ser realizada, das 13 às
17 horas, no salão de eventos Novo Espaço da rua Waldivino Paulo, 35, Cambuci, em
Carmo da Cachoeira, MG.
Cafeicultores,
nutricionistas, agrônomos, empresários e prefeitos da região serão apresentados
aos novos produtos pelos seus desenvolvedores, os pesquisadores em café Sammy
Fernandes Soares, doutor em Agronomia, da Embrapa Café/Epamig; Sérgio Maurício
Lopes Donzeles, doutor em engenharia Agrícola, da (Epamig); e o professor voluntário da UFV – Universidade
Federal de Viçosa, Juarez de Souza e Silva, doutor em engenharia agrícola pela
Michigan State University.
A farinha
para consumo humano da casca de café cereja está no mercado dos Estados Unidos
há mais de 10 anos e é muito utilizada para se fazer pães, bolos, doces,
cookies e quitutes diversos.
No Brasil,
os pesquisadores, por solicitação dos sócios da Fazenda de Café Paiol Três
Corações, desenvolveram a farinha para produção pela cafeicultura familiar e
podem beneficiar cerca de 100 mil pequenos e médios produtores de Minas Gerais.
Em Três
Corações um grupo de mulheres cafeicultoras da Serra das Abelhas criaram
receitas gostosas e nutritivas de pães salgados, inclusive o pão de queijo,
bolos os mais variados, doces, até pé-de-moleque, bolos para todos os gostos e
os conhecidos biscoitinhos da roça, que não faltam nas mesas das fazendas
mineiras. Sempre utilizando a farinha de casca de café cereja obtida pelo
processo de descascamento/despolpamento do café CD.
Também
convidada para o evento promovido pela EMATER, “COMER CAFÉ, a nova maneira de
degustar o arábica”, a vice-presidente do ITAL – Instituto de Tecnologia de
Alimentos – do Estado de São Paulo, Gisele Anne Camargo, vai falar sobre o
processo inventado por ela e colegas para o aproveitamento industrial de
grandes volumes de casca de café cereja.
A farinha é
de gosto neutro, tem cor amarelo/ouro e uma característica nutricional que
supera todas as farinhas do mercado: mais potássio, ferro, cálcio, antioxidante,
proteína, sem glúten, pouca gordura e cafeína.
A nova
bebida chamada KombuCafé, também desenvolvida pelos pesquisadores, é semelhante
à kombucha, a bebida criada pelos chineses no ano 221 a.C na China. Como a
chinesa, a KombuCafé é probiótica, com bactérias e levedura em simbiose com a
casca de café cereja, que, fermentadas, produzem uma bebida deliciosa,
nutritiva e com possibilidades infinitas de saborização, a critério do
consumidor.
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